7 Questões para reflectir sobre a forma com se relaciona com os outros
Seres sociais - A importância dos relacionamentos.
Somos dependentes dos relacionamentos uns com os outros, nesse sentido, a forma de reforçar os vínculos é através da comunicação. Quando conseguimos comunicar e gerar sintonia com outra pessoa esse feito pode ser considerado uma verdadeira vitória porque reforça a necessidade de pertencer versus a rejeição. Comunicar é escutar aquilo que o outro diz (conteúdo) e aquilo que ele quer dizer (significado).
Se detestamos que os outros invadam a nossa privacidade e/ou questionem a nossa integridade através de intrigas, boatos e calunias porque é que fazemos a mesma coisa? Ao contrário daquilo que você pode pensar desenvolvemos a nossa consciência à medida que adquirimos a consciência do outro.
O amor é o principal vínculo do qual dependemos a fim de pertencer e sentirmos segurança – porto seguro. O amor ou a rejeição (do amor) podem revelar o melhor e/ ou pior do ser humano. Amar o outro, sem o devido amor-próprio, revela-se reconfortante mas desprovido de honestidade, intimidade e de compromisso. Apesar de muito se dizer e escrever, muitas questões importantes sobre o amor ainda permanecem ocultas.
Duas das características que mais admiramos no outro são a coragem e a honestidade.
Desde o nível mais básico ao mais complexo, da nossa consciência, dependemos do amor a fim de evoluirmos. O amor não se resume a um sentimento, é um fenómeno muito mais complexo, maravilhoso e misterioso. São um conjunto de variações de energias da natureza indispensáveis para uma vida plena.
Quando conseguimos partilhar alguns dos nossos problemas existênciais com as outras pessoas, ficamos perplexos porque na realidade o nosso problema não é único. Foi antes, porque decidimos esconde-lo e a vergonha assumiu diversos significados disfuncionais na nossa mente confusa. Quando partilhamos os sentimentos dolorosos descobrimos que algumas pessoas também se confrontam com sentimentos idênticos. Se houvesse mais empatia a complexidade dos relacionamentos de intimidade seria menos angustiante.
As pessoas mais felizes gostam de pessoas, seja feliz.
Exclusivamente para si, uma excelente semana.
Cumprimentos
Comentário: Sabia que a Dica Arte de Bem-Viver começou com uma "brincadeira" para os amigos, em Abril de 2011? Atualmente é enviada para mais de 500 pessoas e vários países de expressão portuguesa (Portugal, Angola, Moçambique e Brasil) e para os Estados Unidos da América. À data deste post vai na sua 252ª publicação. Caso deseje receber a Dica Arte Bem-Viver basta enviar um email para joaoalexx@sapo.pt. No assunto da mensagem escreva: Dica Arte Bem-Viver. Todos os dados são confidenciais. É grátis.
«O abuso de drogas , por parte dos adolescentes, precisa de ser compreendido no contexto do próprio desenvolvimento dos jovens. A compreensão do abuso de drogas, pelos adolescentes exige uma abordagem multidimensional; biológica, psicológica, social e espiritual.
De acordo com abordagem multidimensional, o desenvolvimento da adolescência consiste num período de vida repleto de mudanças dramáticas e transições. A diferença entre adultos e os adolescentes, é que os jovens, durante este período de tempo encontram-se num processo de transições, estando assim, mais expostos aos riscos, perigos do abuso das drogas e consequências negativas, a longo prazo.
A adolescência é um período de transição e caos de acordo com a seguinte lista de comportamentos observados nos jovens:
Os adolescentes estão num processo de mudança: da dependência para a independência.
Exploram a sua identidade e o autoconceito.
As suas experiências intrapessoais (sentimentos, desejos, valores, necessidades) refletem-se nos seus relacionamentos interpessoais.
É considerado normal, afastarem-se dos pais e procurar a companhia dos pares.
O processo biológico envolve o afastamento dos pais.
O objetivo deste processo biológico é a autonomia e a vida adulta.
Porque é que os “bons rapazes” envolvem-se em “comportamentos errados”? Existem pelo menos duas respostas. 1) A resposta é simples, na maioria dos casos, os “comportamentos errados” não produzem sensações negativas. 2) A resposta representa um significado diferente para o adolescente: Qual é o risco de consumires drogas? Para os pais, tudo aquilo que represente um potencial risco ou perigo para os seus filhos, está incluído na lista das coisas “más” e “erradas”. Para os adolescentes, em pleno processo de transição, que procuram integrar-se, explorar a sexualidade, experimentar identidades, curiosidade em estilos diferentes de vida e procurar o afastamento dos pais, os “comportamentos errados”, segundo os pais, são considerados uma ajuda que pode facilitar o processo de mudança caótico e dramático. Tal como acontece na sociedade, certas normas e regras determinam o comportamento permitido e lícito versus o comportamento errado e ilícito
Processo da dependência – a introdução à “pedrada”; o individuo estar sob o efeito das substâncias psicoativas.
Os objetivos de um adolescente com baixa autoestima, a que vamos chamar Pedro (nome fictício), deslocar-se a uma discoteca são; parecer “cool” e divertir-se com os seus amigos. Considerando este cenário, como ponto de partida, a dada altura na discoteca, um dos amigos do Pedro, acende um charro, dá umas passas e depois passa ao Pedro que faz o mesmo e passa a outro. Após a primeira experiência ao dar umas passas num charro, o Pedro sente-se diferente e desinibido. Fumar canábis pode atenuar ou neutralizar a ansiedade. Sob o efeito da substância o jovem sente-se desinibido e ligado (identificado) aos seus pares. Tal como já foi referido anteriormente, identificar-se com os seus amigos é um dos fatores críticos do desenvolvimento da adolescência, assim sendo, se os amigos do Pedro consomem drogas o efeito da identificação (pertença ao grupo) é reforçado. O Pedro, pensa, “Afinal fumar canábis não é assim tão perigoso, como os meus pais afirmam…”. Esta reflexão do Pedro poderá ser o fio condutor que o conduza às próximas experiências com drogas, surte um efeito semelhante, durante os primeiros dias de um envolvimento romântico apaixonado. No fim de semana seguinte, o Pedro vai a outra festa, mas ninguém o convida para consumir canábis, o jovem identifica um tipo diferente de sensações, enquanto na festa anterior não sente ansiedade, nesta festa, fica com uma sensação desconfortável e com a sensação de que toda a gente presente na festa, está ciente das suas inseguranças e defeitos (centro das atenções). Esta constatação é acrescida pelo seguinte raciocínio, pelo Pedro: “Se eu fumar canábis, sinto-me seguro e na boa, mas se não fumar, sinto-me desconfortável…”