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Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Quebrar o silêncio disfuncional

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Existem palavras poderosas que mudam as pessoas, para melhor. É através das palavras que quebramos o silêncio disfuncional da negação e da vergonha

O poder da palavra

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Existem palavras poderosas, utilizadas como arma ou ferramenta, que mudam as pessoas

Sonho, magia e sentido

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A vida sem sonho, magia e sentido é desprovida de conteúdo, propósito e esperança

Como é que o processo da dependência se desenvolve no adolescente? Por Philip Ward e Patricia Cobertt

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«O abuso de drogas , por parte dos adolescentes, precisa de ser compreendido no contexto do próprio desenvolvimento dos jovens. A compreensão do abuso de drogas, pelos adolescentes exige uma abordagem multidimensional; biológica, psicológica, social e espiritual.

De acordo com abordagem multidimensional,  o desenvolvimento da adolescência consiste num período de vida repleto de mudanças dramáticas e transições. A diferença entre adultos e os adolescentes, é que os jovens, durante este período de tempo encontram-se num processo de transições, estando assim, mais expostos aos riscos, perigos do abuso das drogas e consequências negativas, a longo prazo.

A adolescência é um período de transição e caos de acordo com a seguinte lista de comportamentos observados nos jovens:

  • Os adolescentes estão num processo de mudança: da dependência para a independência.
  • Exploram a sua identidade e o autoconceito.
  • As suas experiências intrapessoais (sentimentos, desejos, valores, necessidades) refletem-se nos seus relacionamentos interpessoais.
  • É considerado normal, afastarem-se dos pais e procurar a companhia dos pares.
  • O processo biológico envolve o afastamento dos pais.
  • O objetivo deste processo biológico é a autonomia e a vida adulta.

Porque é que os “bons rapazes” envolvem-se em “comportamentos errados”? Existem pelo menos duas respostas. 1) A resposta é simples, na maioria dos casos, os “comportamentos errados” não produzem sensações negativas. 2) A resposta representa um significado diferente para o adolescente: Qual é o risco de consumires drogas? Para os pais, tudo aquilo que represente um potencial risco ou perigo para os seus filhos, está incluído na lista das coisas “más” e “erradas”. Para os adolescentes, em pleno processo de transição, que procuram integrar-se, explorar a sexualidade, experimentar identidades, curiosidade em estilos diferentes de vida e procurar o afastamento dos pais, os “comportamentos errados”, segundo os pais,  são considerados uma ajuda que pode facilitar o processo de mudança caótico e dramático. Tal como acontece na sociedade, certas normas e regras determinam o comportamento permitido e lícito versus o comportamento errado e ilícito

Processo da dependência – a introdução à “pedrada”; o individuo estar sob o efeito das substâncias psicoativas.

Os objetivos de um adolescente com baixa autoestima, a que vamos chamar Pedro (nome fictício), deslocar-se a uma discoteca são; parecer “cool” e divertir-se com os seus amigos. Considerando este cenário, como ponto de partida, a dada altura na discoteca, um dos amigos do Pedro, acende um charro, dá umas passas e depois passa ao Pedro que faz o mesmo e passa a outro. Após a primeira experiência ao dar umas passas num charro, o Pedro sente-se diferente e desinibido. Fumar canábis pode atenuar ou neutralizar a ansiedade. Sob o efeito da substância o jovem sente-se desinibido e ligado (identificado) aos seus pares. Tal como já foi referido anteriormente, identificar-se com os seus amigos é um dos fatores críticos do desenvolvimento da adolescência, assim sendo, se os amigos do Pedro consomem drogas o efeito da identificação (pertença ao grupo) é reforçado. O Pedro, pensa, “Afinal fumar canábis não é assim tão perigoso, como os meus pais afirmam…”. Esta reflexão do Pedro poderá ser o fio condutor que o conduza às próximas experiências com drogas, surte um efeito semelhante, durante os primeiros dias de um envolvimento romântico apaixonado. No fim de semana seguinte, o Pedro vai a outra festa, mas ninguém o convida para consumir canábis, o jovem identifica um tipo diferente de sensações, enquanto na festa anterior não sente ansiedade, nesta festa, fica com uma sensação desconfortável e com a sensação de que toda a gente presente na festa, está ciente das suas inseguranças e defeitos (centro das atenções). Esta constatação é acrescida pelo seguinte raciocínio, pelo Pedro: “Se eu fumar canábis, sinto-me seguro e na boa, mas se não fumar, sinto-me desconfortável…”

 

 

 

 

 

 

 

 

Os conflitos entre pais não envolvem os filhos

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Qual é o impacto que o conflito entre os pais (e famílias) tem nas vidas das crianças?

A perturbação traumática é capaz de induzir a criança num estado de alerta constante, resposta fisiológica - lutar, fugir, cristalizar, vulgo fight or fly response. Este estado de alerta constante desencadeia a libertação de hormonas do stress no seu organismo, capaz de interferir, negativamente no desenvolvimento (arquitetura) do cérebro. Segundo a Academia Americana de Pediatras afirma que a resposta biológica a este estado de alerta constante pode revelar-se altamente destrutiva e durar a vida inteira. Segundo exames de ressonância magnética em crianças revela que episódios de violência, abuso emocional e/ou sexual, violência domestica ou pais adictos a drogas lícitas e/ou ilícitas, incluindo o álcool, entre outras perturbações traumáticas, podem comprometer algumas áreas cruciais sobre o funcionamento do cérebro. Segundo um estudo conduzido em mais de 17.000 doentes num Hospital de S. Diego (Kaiser Permanente, USA 1998) revela que as pessoas com perturbações traumáticas estão mais predispostas para abusarem de drogas e sofrerem de alcoolismo, desenvolverem doenças mentais, suicídio e cancro.

 

Como bem sabemos, o conflito faz parte do relacionamento com as pessoas. Quando conhecemos alguém, mais tarde ou mais cedo, iremos desenvolver um conflito com essa pessoa por discordarmos e/ou confrontarmos ou vice-versa. Se imaginarmos o mesmo cenário, mas acrescentarmos o facto de vivermos na mesma casa, “debaixo do mesmo teto”, durante um período considerável, a probabilidade do surgimento do conflito ainda é mais elevada.  Todavia, a questão fulcral é o que é que os pais podem fazer de forma a gerir o conflito sem envolverem as crianças, pelo menos o menos possível. É possível? Sim, nestas alturas de conflito, como adultos, precisamos de recordar que as crianças possuem uma interpretação completamente diferente sobre o conflito e contemplar uma estratégia, “plano de batalha entre adultos” com critérios bem definidos, a fim de salvaguardar a criança de eventuais danos. Convém também salvaguardar que nem todo o conflito gera dano/trauma, mas quando este se revela frequente, intenso e duradoiro, certamente irá gerar consequências negativas na criança. 

 

Existem evidências cientificas sobre o conflito entre pais, quer estejam a viver em conjunto/maritalmente ou estejam separados/divorciados, revelam que o conflito pode comprometer seriamente a saúde mental da criança, assim como, durante o seu percurso de vida.

 

Quando houver conflitos, entre pais, ambos ou pelo menos um dos progenitores, faça questão de que a criança não assista à “guerra dos adultos”, explique à criança que é assunto de adultos e que aconteça o que acontecer os pais vão sempre ama-la com honestidade, compromisso e esperança. Os pais são uma referência para o desenvolvimento da criança.

 

 

A prevenção das dependências começa em casa

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Os jovens são mais afetados pela publicidade ao álcool, revela estudo europeu recente. Segundo este estudo a exposição à publicidade a bebidas alcoólicas tem um enorme impacto no consumo entre os jovens e a autorregulação da industria não funciona. O estudo, em questão, publicado na reputada revista cientifica Addiction alerta para o impacto que o consumo de álcool tem entre os mais jovens e também alerta que o consumo de bebidas alcoólicas é a principal causa de incapacidade ou morte entre os jovens do sexo masculino com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos.

 O resultado deste estudo, vem corroborar outros  portanto não se trata de nenhuma novidade. Todavia, conscientes do problema, quais são as medidas impostas, pelos decisores políticos, que visam travar estes fenómenos? 1. O abuso do álcool, o consumo de bebidas alcoólicas por jovens com idades abaixo do permito por lei e 2. binge drinking (beber bebidas alcoólicas com o intuito de ficar intoxicado) e 3. abuso de bebidas alcoólicas é a principal causa de incapacidade ou morte entre os jovens do sexo masculino.

Quando contemplamos, o abuso de álcool pelos jovens, não o devemos fazer somente através dos reguladores institucionalizados com recurso a leis restritivas. Sabemos que as leis existem, mas também existem formas engenhosas de as contornar. Por exemplo, as marcas de cerveja, anunciam a cerveja sem álcool, todavia, é a fidelização à marca que importa e o lucro das cervejas sem álcool não creio que seja relevante comparativamente à cerveja com álcool. Nas camadas jovens, quem é que bebe cerveja sem álcool? Nos festivais de verão quem é que consome cerveja sem álcool? Nas festas académicas quem é que consome cerveja sem álcool? Na minha opinião, o consumo é residual comparativamente à cerveja com álcool. Para agravar a situação, a cerveja com álcool, neste tipo de eventos, para além de estar disponível em garrafas, também é servida a copos, que torna a venda mais acessível (e mais lucrativa), mesmo para aqueles jovens com fracos recursos financeiros.     

Por outro lado, considero que o problema são o comportamento das pessoas e não o álcool, propriamente dito. O problema não é o álcool. O problema não são as leis, são as pessoas que delineiam estratégias de marketing (publicidade) que visam somente o lucro (economia de mercado), o problema são os decisores políticos que evocam as questões económicas em detrimento das consequências do álcool nas camadas mais jovens, o problema são os media que não fazem investigação e não alertam ( e sensibilizam) a sociedade para as consequências do álcool,  as Instituições de ensino que formam profissionais, sem que estes estejam qualificados para abordar o assunto nas consultas e/ou nas urgências hospitalares e todos nós (sociedade civil) que compactua com esta «velha» tradição, imposta na nossa cultura, associada ao abuso do álcool, por exemplo, nas consultas ouço casos de alguns pais, com filhos de 11 e 13 anos, que afirmam o seguinte: “Os meus filhos já experimentam bebidas alcoólicas, começam a faze-lo em casa na presença dos pais. Por exemplo, numa festa é-lhes permitido, experimentar o álcool, com um gole.”. Contrariamente a este exemplo desafortunado, a prevenção mais eficaz, contra o abuso do álcool, começa em casa.  Infelizmente, o álcool ainda não é encarado como uma droga (substância psicoactiva do sistema nervoso central). Entre outras drogas o álcool é a droga mais perigosa, simplesmente, porque está disponível e porque permanecemos passivos perante todos estes fenómenos acimas referidos. Felizmente, nem todos os jovens abusam do álcool ou recorrem ao binge drinking, mas mesmo assim, a vida dos nossos jovens, mesmo em numero reduzido (refiro me aqueles que apresentam vulnerabilidades associados ao abuso do álcool), são mais importantes que o lucro das empresas e/ou tradições/tendências disfuncionais e retrogradas. É possível ser feliz, sem beber bebidas alcoolicas.

As pessoas mais felizes gostam de pessoas


Somos mais parecidos uns com os outros do que aquilo que imaginamos. As pessoas mais felizes gostam de pessoas

Onde é que ficamos? Qual é afinal a realidade? Decida você

 

“Governo recua e distingue vinho e cerveja das bebidas espirituosas. Nova lei proíbe álcool de teor elevado a menores mas mantém os 16 anos para bebidas “leves”. Associação de bebidas e peritos falam em cedência a lóbis. A diferenciação dos limites etários – 16 e 18 anos- consoante o teor de álcool, definida no novo diploma, aprovado, no dia 21/2/13, pelo Conselho de Ministros, veio defraudar entidades ouvidas durante a elaboração da lei para o consumo do álcool. É conhecida a posição de Pires de Lima contra a proposta da proibição alargada aos 18 anos. Pires de Lima é o presidente da Associação de Produtores de Cerveja e também presidente da mesa do conselho nacional do CDS-PP.  ” Lê se na notícia do Jornal de Notícias de 22/2/13. Podemos acrescentar na mesma notícia, segundo o secretário de Estado adjunto da Saúde “(…) a medida tenciona sobretudo impedir a embriaguez dos jovens.” Jornal de Noticias, 22/2/13. Esta é a versão dos políticos, dos interesses da Industria do Alcool (lobbies) e que contam com a conivência dos órgãos da comunicação social, sobre o problema de saúde pública relacionado com o álcool.

 

Repito mais uma vez, visto ter publicado já este facto no blogue, você sabia que existem um milhão e meio de pessoas que bebe em excesso e metade delas é alcoólica, em Portugal? No artigo do JN, para espanto de todos aqueles que trabalham nesta área e ou das famílias, incluindo as crianças afectadas pelo álcool, o jornalista ainda refere na notícia, “bebidas leves.” Apesar dos média teimarem em confundir a opinião pública e alimentar mitos, não existe este conceito “bebidas leves” quando sabemos o álcool é uma droga psicoactiva.

 

 

 

Breaking The Taboo - Film

"Guerra global contra as drogas"
Alimento pro pensamento

Nota: caso o video, não esteja disponivel nesta publicação do blogue, poderá ir ao site do Youtube e procurar Breaking The Taboo. 

Efeitos da Ingestão Aguda de Álcool, segundo o Dr. Pedro Girão

O consumo de álcool…

  • Torna mais fácil a integração no grupo.
  • Reduz a tensão e a ansiedade.
  • Alivia o stress e a baixa autoestima.
  • Ajuda a esquecer preocupações, sentimentos depressivos e problemas relacionados com escola/família.
  • Aumenta a confiança e atracão sexual. 

Consequências do uso/abuso frequente do álcool nos jovens:

  • Queda no desempenho escolar;
  • Dificuldades de aprendizagem/memória;
  • Problemas no desenvolvimento emocional;
  • Complicações decorrentes da desinibição excessiva (acidentes, etc.)
  • Gastrite;
  • Hepatite, pancreatite (fase crónica).

Intoxicação aguda: alcoolémia

  • Para uma determinada quantidade de álcool ingerido, a alcoolémia (taxa de álcool no sangue) nem sempre é fácil de prever, variando sobretudo com o peso e o sexo (as raparigas são mais vulneráveis).
  • Em média, ao fim de meia hora:
  • 1 Dose bebida menos graduada – 12 grau alcoólico = 0,30 g/l
  • 1 Dose bebida mais graduada – 40 grau alcoólico = 0,46 g/l
  • Limite legal para conduzir: 0,5 g/l
  • Taxa de 0,5 g/l - redução do stress, alívio da ansiedade; 
  • Taxa de 1,5 g/l - ligeira intoxicação (linguagem desinibida)
  • Taxa> = 2,5 g/l - graves sintomas de intoxicação com perda de controlo. Pode ocorrer turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reação, diminuição da capacidade de atenção e compreensão, deterioração da capacidade de raciocínio e da atividade social, irritabilidade, descoordenação, amnésia, etc.
  • Taxa> 4,5 g/l - existe perigo de vida: risco de depressão respiratória,

Intoxicação aguda: quadro típico

  • Hálito característico (nem sempre, por exemplo a vodka)
  • Falta de coordenação de movimentos e dificuldade na articulação de palavras;
  • Alegria e exuberância de atitudes;
  • Conflitualidade;
  • Ventilação irregular e acelerada;
  • Palidez e suores frios;
  • Contrações de pequenos grupos musculares;
  • Alterações da lucidez, equilíbrio, força e consciência (em casos mais graves pode surgir o coma alcoólico). 

Intoxicação aguda: coma alcoólico

  • O coma alcoólico é o estado de coma causado pelo excesso de álcool no organismo. Esse quadro é grave e tem indicação para internamento hospitalar urgente. Caracteriza-se por:
  • Ausência de resposta a estímulos (físicos, verbais);
  • Perda de reflexos (tosse, deglutição);
  • Depressão respiratória.
  • Hipoglicémia: Baixa concentração de açúcar no sangue, podendo provocar um quadro convulsivo.
  • Hipotermia: Baixa temperatura corporal (valores inferiores a 35ºC), provocando alterações das funções vitais.

Intoxicação aguda: atitudes a ter em conta

  • Se a vítima estiver consciente:
  • Provocar o vómito para eliminar o conteúdo gástrico;
  • Dar bebidas fortemente açucaradas;
  • Manter a temperatura corporal;
  • Vigiar as funções vitais.

 Se a vítima estiver inconsciente:

  • Promover o transporte imediato para o hospital.
  • Manter a via aérea permeável;
  • Colocar a vítima em PLS (decúbito lateral);
  • Manter a temperatura corporal;
  • Colocar açúcar debaixo da língua;
  • Vigiar as funções vitais;

Dr. Pedro Girão, Anestesista

 

Comentário: O meu agradecimento ao Dr. Pedro Girão pela sua participação no Recuperar das Dependências. Tal como já foi referido neste blogue, inúmeras vezes, alguns jovens, que frequentemente recorrem ao álcool para se divertirem (desinibir, divertir) estão expostos ao fenómeno do Binge Drinking (Abuso na ingestão de bebidas alcoólicas, num período reduzido de tempo, cuja principal intenção é a intoxicação (embriaguez). Por ex. entre os homens o consumo seguido de 5 ou mais bebidas e nas mulheres o consumo seguido de 4 ou mais bebidas. Este fenómeno pode ocorrer durante vários dias seguidos e afecta negativamente o comportamento dos jovens - algumas consequências previsíveis após o Binge Drinking: acidentes, condução sob o efeito do álcool e/ou drogas, violência, agressão  sexual e abuso, doenças sexualmente transmissíveis (hepatites, VIH, DST), intoxicação alcoólica, coma e morte.

Hoje em dia através da internet você possui imensa informação sobre este fenómeno, nesse sentido, organize atividades lúdicas (jogos) em família. Seja criativo/a. Aborde esta temática junto dos seus filhos, antes que surjam problemas associados ao abuso do álcool e/ou consumo de substâncias psicoactivas ilícitas. Caso pretenda ajuda pode contatar-me através do email: joaoalexx@sapo.pt

 «Mais vale prevenir do que remediar»