Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Desigualdades sociais; a política, a economia e a prevenção das dependências

  • Segundo uma notícia divulgada no jornal Expresso, refere que Portugal ocupa uma das piores posições, comparativamente aos outros países da União Europeia (U.E.) sobre a justiça social. E como é que se mede? Pela pobreza, os cuidados de saúde e o acesso ao mercado de trabalho. O ranking foi publicado pela fundação alemã Bertelsmann que comparou vários indicadores estatísticos de cada país da U.E. concluindo que, nos últimos anos, a injustiça social tem vindo a aumentar em geral.
  • O Instituto Nacional de Estatística revela que segundo o Índice de bem-estar as famílias sentem-se mais vulneráveis a nível económico (por exemplo, diferenças salariais, menos rendimento).
  • Segundo um questionário realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra revela que 35% dos casais com filhos criam conflitos em torno de questões financeiras. Cerca de 80% referem que a crise afectou significativamente o orçamento familiar e mais de 25% procuram o médico por problemas emocionais, de ansiedade e insónia.
  • Segundo o relatório da Unicef revela que a recessão, desde 2008, contribuiu para o empobrecimento de 2.6 milhões de crianças (abaixo do limiar de pobreza) nos países mais ricos, aumentando assim para 76,5 milhões de crianças probres no Mundo desenvolvido.
  • Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2013 a pobreza atinguiu 30% das crianças portuguesas.
  • De 24 países analisados pela UNICEF, Portugal é o que apresenta maior taxa de pobreza das crianças, mesmo após a atribuição de subsídios.
  • Segundo uma revelação do Credit Suisse – “Global Wealth Report, 2014” Portugal tem mais de 10 mil milionários. Este relatório avalia os índices de riqueza no Mundo. Eis alguns números, preocupantes. Trinta e cinco (35) milhões de milionários (mais de 789 mil euros) representam 0,7 da população adulta, acumulam 44% da riqueza mundial. No sentido oposto, 3,3 mil milhões de pessoas vivem com menos de 7, 9 mil euros, representa 69,8% da população e apenas com 2,9% da riqueza mundial. Segundo o mesmo relatório, em Portugal, 10% dos mais ricos possuem 58,3% da riqueza (mais 2,3 pontos percentuais desde 2007).

 

Infelizmente, não é uma novidade, porque a sociedade portuguesa sempre foi marcada pela negativa quanto às desigualdades sociais; pobreza, injustiça social e desemprego. Também sabemos, pela experiência, que as crises acentuam o fosso entre ricos e pobres. São os ricos que beneficiam com a crise. As desigualdades sociais contribuem para prejudicar uns (pobres) e para beneficiar outros (ricos).

As desigualdades sociais, o fosso entre os ricos e os pobres, fomentam a pobreza, a injustiça social e o desemprego, fenómenos associados à venda (oferta) e o consumo (procura) de drogas ilícitas.

 

Alguns factores de risco associado às desigualdades sociais:

  • Comportamentos caracterizados por rebelião e alienação face às normas sociais instituídas.
  • Grupos que apresentam comportamentos relacionados com o abuso de drogas, lícitas e/ou ilícitas, ou comportamentos anti-sociais; actividades ligadas à delinquência.
  • Desorganização na estrutura familiar na gestão de problemas, atitudes parentais que oscilam entre a excessiva severidade, a inconsistência e a ausência de monitorização da disciplina nos filhos. Alguns exemplos, violência domestica, abuso físico, emocional e sexual.
  • Historial familiar com antecedentes de abuso e/ou dependência de drogas e actividades ilícitas. Estas famílias podem promover o consumo de drogas junto das crianças em idade pré adolescente.
  • Insucesso escolar, ausência de valores e competências sociais.
  • Acesso fácil (oferta/procura) às drogas lícitas, incluindo o álcool, e/ou ilícitas

 

Algumas das crianças portuguesas, apesar de sonharem durante a infância, quando atingem a idade adulta não têm um futuro digno.  

A prevenção é um projecto familiar.

A prevenção das dependências de todo e qualquer tipo de drogas lícitas, incluindo o álcool, e as ilícitas é um tema transversal na sociedade actual. Qualquer pessoa, independentemente, do seu estatuto social, idade, raça, sexo ou religião está vulnerável em relação ao consumo, ao abuso e à dependência de substâncias psicoactivas do sistema nervoso central.

 

Apesar da prevenção das dependências ser um tema actual e preocupante, em particular entre pais, famílias, escolas, professores e jovens, e na sociedade em geral, todos nós, profissionais e pais lutamos contra o estigma, a negação e a vergonha associados às drogas reforçado pelo preconceito e o estereótipo. Muitas vezes, refiro-me a este exemplo, quando abordo o tema nas escolas e/ou com os pais, são unânimes em reconhecer a vulnerabilidade das crianças em relação a este problema e a necessidade de programas, mas quando são convidados a «dar a cara», aparentam optar, conscientemente pelo silêncio devido ao tabu, preconceito e estereotipo. Creio que um dos motivos deste afastamento está relacionado com o estigma, a negação e a vergonha sobre as drogas: “Os meus filhos nunca na vida irão tornar-se uns drogados ou uns bêbados.” A maioria de nós, pais e famílias, inconscientemente, justificamos este raciocínio; “Estes problemas dramáticos só acontecem aos outros. Estas tragédias só acontecem às famílias desestruturadas, disfuncionais e sem recursos económicos.” Nos dias de hoje, este tipo de justificação negligente do qual nos socorremos para enterrar a cabeça na areia e considerarmos que a nossa família não é desestruturada ou disfuncional, como as outras afectadas pela dependência, pode revelar-se a médio e a longo prazo, um erro grave, porque na realidade e para sermos verdadeiramente honestos, sentimo-nos impotentes, porque não possuirmos um plano ou uma estratégia concreta sobre esta matéria.

 

 

 

Conduzir sob o efeito do álcool e as vitimas inocentes

Sabia que a condução sob o efeito de álcool e/ou outras drogas pode transformar a viatura numa arma letal com consequências trágicas e com vitimas inocentes.

Veja este video controverso, sobre um individuo que afirma ter morto uma pessoa enquanto conduzia o seu carro sob o efeito do álcool. 

Noticias 2013

28/12/13 «428 pessoas detidas por excesso de alcool na epoca do natal.»

05/08/13 " Político responde por homicídio negligente e condução sob o efeito de álcool num acidente que causou a morte de um jovem de 19 anos" 

06/08/13 "Mais de cem condutores com alcool a mais. A GNR deteve no domingo 136 condutores com excesso de alcool."

27/08/13 "68 condutores detidos com excesso de alcool. GNR deteve, no fim de semana, (...) 68 detenções a individuos que conduziam sob o efeito do alcool."

24/09/13 "1390 detenções na Operação Verão Seguro. (...) entre 15 de agosto e 15 de setembro, 620 das quais por excesso de álcool (...)."

 

Partilhe este video pelos seus contatos de forma a chegar ao maior numero de pessoas a fim de sensibilizar para este tipo de tragédia.

Recomendações urgentes ao nível da oferta do alcool

 

Segundo uma notícia no Jornal de Noticias, de 22/06/13, “Defendendo aumento do preço do álcool. O Conselho Nacional de Saúde recomenda ao Governo que aumente o preço do álcool e restrinja a disponibilidade das bebidas alcoólicas como medida para reduzir os efeitos da crise na saúde.” Gostaria de referir que esta notícia, no JN, surge sem o destaque que merece, pelo contrário, é publicada nas notícias “Breves”. Pessoalmente, não chego a entender o papel de serviço publico e de investigação dos média, porque ninguém fala do assunto com honestidade; todos sabemos que o problema é grave, mas ninguém se atreve a abordar e aprofundar o tema sempre actual e preocupante.

 

Tal como já aqui foi afirmado o abuso de álcool e o alcoolismo representa um problema grave de saúde pública, todavia, os líderes políticos, negligenciam, o fenómeno exponencial associado ao abuso do álcool e do alcoolismo, agravado, tal como o Conselho Nacional de Saúde, vem alertar através da sua recomendação, para os efeitos do álcool em indivíduos vulneráveis à crise: por exemplo, aumento do desemprego, situações trágicas de famílias, questões financeiras e económicas precárias (dívidas), pobreza, doença mental (aumento dos casos de depressão e ansiedade), etc.

 

O Conselho Nacional da Saúde é um órgão de consulta do Ministério da Saúde que tem por missão emitir pareceres e recomendações sobre questões relativas à realização dos objectivos de política de saúde e propor medidas que julgue necessárias ao seu desenvolvimento, por solicitação do membro do Governo responsável pela área da Saúde.

Saiba mais sobre as políticas de saúde: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/politica+da+saude/enquadramento+legal/leibasessaude.htm

 

Sabia que a Industria do álcool, promove um vasto leque de oferta de bebidas alcoólicas a preços irrisórios, a fim de aumentar a procura. Se o álcool está disponível, a procura tende a aumentar. O álcool é mais barato que a água. Se não existe leis que regulem a oferta do álcool, obviamente que a Industria do álcool aproveita a lacuna, alegando interesses económicos.

 

Quando é que o Governo, os líderes políticos, vai seguir esta recomendação? Para quando os tribunais (juízes e advogados) e a legislação contemplam os efeitos negativos na saúde pública, incluindo os jovens de menores de idade, os adolescentes e os adultos em idade sénior?

 

Será que existem lóbis, junto dos políticos, que impedem que se adoptem medidas justas e honestas em relação ao problema de saúde publica, associado ao abuso do álcool e do alcoolismo? Se a resposta é sim, então o caso ainda é mais grave e preocupante. O poder económico não pode estar acima dos interesses e da saúde publica. 

Objectivo - Prevenção das Dependencias

1-Prevençãodeacidentes.jpg

 

Sempre com a Prevenção das Dependências como objectivo – actualização e informação: 

Alguns sites interessantes à distância de um clique:

Ciência Viva

Apoio À Vitima

Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares

Apoio À Vitima Para Jovens

Sicad

 

Comentário: Apesar de não se falar de outra coisa nos dias que correm - CRISE financeira e económica (aliada à "velha" crise de talentosos gestores e politicos honestos) que o mundo atravessa, incluindo Portugal, é bom relembrar que a Prevenção das Dependências é sempre um assunto a ter em conta no dia-a-dia.

 

Senão vejamos; desemprego, precariedade, crise, endividamento, depressão, ansiedade, são apenas alguns sinónimos de instabilidade e vulnerabilidade no indivíduo, na família e na sociedade (CRISE SOCIAL). Contudo a "velha" CRISE SOCIAL não é um assunto merecedor de tanta tinta, papel,de gente anónima e peritos a debaterem o assunto,da preocupação de empresarios, de apoios financeiros pelo Estado, de justiça, de tanto tempo de antena nas TV`s,nos jornais, etc.

 

Para aqueles que se encontram numa "crise social" estão mais preocupados em como "sobreviver" no dia-a-dia do que preocupados com o desenvolvimento do país.O dinheiro (inofensivo) não é o principal problema desta CRISE, mas os valores a ele atribuidos pela sociedade (é a cultura do poder, do sucesso,da saude, da felicidade,da segurança, da competição,da mentira, do egoismo, do fanatismo, etc). Isto sim é a verdadeira CRISE.

 

Actualmente, negligenciar, desvalorizar ou negar a Prevenção das Dependências é adoptar um comportamento susceptível de potenciar a tão afamada CRISE SOCIAL (individual, familiar e sociedade) terreno fértil para o surgimento de atitudes e comportamentos disfuncionais e/ou destrutivos dos subsistemas familiares (relação entre os adultos -pais, relação entre adultos e as crianças e a relação entre os irmãos).

 

Todavia a crise também poderá ser sinónimo de MUDANÇA de ESTILO DE VIDA (união, intimidade, solidariedade, comunicação, entreajuda) em todos os sectores da nossa sociedade, sendo assim a oportunidade que tanto desejamos.

Se estamos em CRISE; venha ela e que DEUS nos ajude.