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Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Prevenção das Dependências - Art of Counseling

Prevenção significa: Prevenir, Adiar e Reduzir o abuso de substâncias psicoactivas geradoras dependência crónica, progressiva e fatal.

Lidar com o imprevisto e com os erros

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Quando decidimos investir num projecto, a longo prazo, precisamos de contemplar o imprevisto e o erro.

Mente aberta à mudança de atitudes e comportamentos

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Eu opto por mudar em vez de procurar desculpas e culpados

Florescer significa ir mais além do que somente sobreviver

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Se queremos florescer, precisamos de amor, como de oxigénio para respirar

Ego insuflado vs. ego dorido

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O ego insuflado pode levar-nos às nuvens mas quando está dorido arrasta-nos para a escuridão.

123ª Dica Arte Bem Viver de 28.07.2013

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Olá,

No mundo convulsivamente competitivo e individualista de hoje está a dar lugar ao desejo obsessivo do ganho material e da segurança financeira. Investigadores americanos que estudam os jovens, durante a vida académica, afirmam que é de realçar as diferenças na importância atribuída a dois princípios contrastantes:

  1. O desenvolvimento de uma filosofia de vida profunda.
  2. Ter sucesso financeiro. A maioria dos jovens (74%) afirma que o segundo princípio orienta os seus objectivos de vida.

Apesar de o sucesso financeiro, orientar as prioridades nas nossas vidas, conscientemente, sabemos que existem outras prioridades mais significativas que o dinheiro. Todavia a Dica, não visa o sucesso financeiro, pelo contrário, reforçar as prioridades relacionadas uma filosofia de vida profunda e que contemplem o desenvolvimento psicossocial.

 

Quais são os seus rituais que reforçam a Arte Bem-Viver? 

Um dos objectivos dos rituais com significado é reforçar o compromisso. Por exemplo, se você valoriza o exercício físico, uma parte do seu dia é dedicado a fazer actividade física. Alguns rituais que praticamos reforçam a ligação à comunidade onde estamos inseridos, exemplo; frequência de lugares religiosos. Outros rituais reforçam os afectos ao sistema familiar, um exemplo; visitar um familiar doente. Os rituais são poderosos e recheado de significado e propósito.

Estabeleça rituais e tradições com significado no seu sistema de relacionamentos (seja de amizade, familiar, romântico ou outro). Os rituais como sabe, são atividades repetidas, determinadas, coordenadas e que têm um significado profundo e recompensador a médio e a longo prazo. Comprometa-se a celebra-los e evite fazê-lo quando é apenas conveniente. O poder dos rituais reside na repetição e na conjugação de esforços. Sem estas características o ritual torna-se numa mera rotina e amorfo de significado.

Quais são os rituais geradores de sucesso? Qualquer sucesso na vida obriga a um esforço contínuo. Aquele tipo de sucesso mais permanente e gratificante exige reflexão profunda sobre o propósito que serve de base a esse esforço; relação causa e efeito.

Actualize-se em relação ao seu próprio crescimento e maturidade. Sabia que estamos sujeitos à adversidade, ao preconceito, ao conformismo e ao tédio? Isto é, precisamos de renovar e reinventar as nossas competências cognitivas e emocionais através de um trabalho interior.

Cultive rituais que o/a liguem a outras pessoas (positivas e genuínas) e que promovam a literacia emocional e espiritual; por exemplo ajudar e ser ajudado/a em momentos adversos, a honestidade, a confiança, o desapego, a intimidade, a fé e esperança (meditação e oração) e a resiliência. Cultive rituais artísticos geradores de fluxo/energia altamente motivador. Desenvolva rituais saudáveis que promovam e reforcem o auto conhecimento (gestão do stress e do conflito, tomar decisões relevantes, coerentes e consistentes, reforço de convicções e sonhos).

Esta semana monitorize os seus rituais. Identifique quais são os rituais negativos e os rituais saudáveis. Conquiste o direito a uma vida com qualidade na Arte Bem-Viver.

Desejo lhe uma semana fantástica.

Cumprimentos

Nota: Considera que esta dica pode ser util a alguém familiar ou conhecido? Se a resposta é sim, pode reencaminhar atraves de email.

 

Os conflitos entre pais não envolvem os filhos

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Qual é o impacto que o conflito entre os pais (e famílias) tem nas vidas das crianças?

A perturbação traumática é capaz de induzir a criança num estado de alerta constante, resposta fisiológica - lutar, fugir, cristalizar, vulgo fight or fly response. Este estado de alerta constante desencadeia a libertação de hormonas do stress no seu organismo, capaz de interferir, negativamente no desenvolvimento (arquitetura) do cérebro. Segundo a Academia Americana de Pediatras afirma que a resposta biológica a este estado de alerta constante pode revelar-se altamente destrutiva e durar a vida inteira. Segundo exames de ressonância magnética em crianças revela que episódios de violência, abuso emocional e/ou sexual, violência domestica ou pais adictos a drogas lícitas e/ou ilícitas, incluindo o álcool, entre outras perturbações traumáticas, podem comprometer algumas áreas cruciais sobre o funcionamento do cérebro. Segundo um estudo conduzido em mais de 17.000 doentes num Hospital de S. Diego (Kaiser Permanente, USA 1998) revela que as pessoas com perturbações traumáticas estão mais predispostas para abusarem de drogas e sofrerem de alcoolismo, desenvolverem doenças mentais, suicídio e cancro.

 

Como bem sabemos, o conflito faz parte do relacionamento com as pessoas. Quando conhecemos alguém, mais tarde ou mais cedo, iremos desenvolver um conflito com essa pessoa por discordarmos e/ou confrontarmos ou vice-versa. Se imaginarmos o mesmo cenário, mas acrescentarmos o facto de vivermos na mesma casa, “debaixo do mesmo teto”, durante um período considerável, a probabilidade do surgimento do conflito ainda é mais elevada.  Todavia, a questão fulcral é o que é que os pais podem fazer de forma a gerir o conflito sem envolverem as crianças, pelo menos o menos possível. É possível? Sim, nestas alturas de conflito, como adultos, precisamos de recordar que as crianças possuem uma interpretação completamente diferente sobre o conflito e contemplar uma estratégia, “plano de batalha entre adultos” com critérios bem definidos, a fim de salvaguardar a criança de eventuais danos. Convém também salvaguardar que nem todo o conflito gera dano/trauma, mas quando este se revela frequente, intenso e duradoiro, certamente irá gerar consequências negativas na criança. 

 

Existem evidências cientificas sobre o conflito entre pais, quer estejam a viver em conjunto/maritalmente ou estejam separados/divorciados, revelam que o conflito pode comprometer seriamente a saúde mental da criança, assim como, durante o seu percurso de vida.

 

Quando houver conflitos, entre pais, ambos ou pelo menos um dos progenitores, faça questão de que a criança não assista à “guerra dos adultos”, explique à criança que é assunto de adultos e que aconteça o que acontecer os pais vão sempre ama-la com honestidade, compromisso e esperança. Os pais são uma referência para o desenvolvimento da criança.

 

 

Todos nós temos dificuldades, mas uns têm dificuldades desde a nascença

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As crianças oriundas de contextos familiares de pobreza, estão expostas a níveis elevados de stress, responsável por despoletar problemas psicológicos ao longo das suas vidas.

De acordo com investigadores da Universidade de Cornell, nos EUA, as crianças que vivem em contextos familiares de pobreza estão predispostas a desenvolver problemas de memória e aprendizagem, comportamentos violentos/agressivos e antissociais, tais como o bullying. O resultado da investigação, não revela que todas as crianças provenientes de contextos familiares de pobreza se tornam violentas, mas o risco de isso acontecer é elevado. Aquilo que o Dr. Gary Evan, autor do estudo, afirma é «Se a criança nasce pobre, está mais vulnerável quanto a desenvolver problemas psicológicos e ser pobre representa uma fonte enorme de stress. Todas as pessoas são afetadas pelo stress, mas as famílias com baixos rendimentos, incluindo as crianças, sofrem muito mais. Estas crianças vulneráveis, expostas ao stress excessivo, sofrem o efeito cumulativo e de interação.»

Neste estudo sobre a memoria, envolveu crianças de classe media e crianças pobres, durante quinze anos (desde os 9 aos 24 anos), segundo o autor, as crianças oriundas de classes sociais mais desfavorecidas apresentavam maiores dificuldades no desenvolvimento das suas competências cognitivas, por exemplo, na linguagem e desenvolvimento pessoal. Este estudo também veio mostrar que os adultos, oriundos de classes desfavorecidas, apresentavam níveis crónicos de stress desde crianças. Afim de prevenir este tipo de perturbações psicológicas em crianças pobres é necessária uma intervenção prematura e eficaz. Uma forma de o fazer é proporcionar apoios sociais aos pais destas crianças, a fim de melhorar os seus orçamentos familiares. Este estudo foi recentemente publicado em Proceedings of the National Academic Sciences.

Visando combater as assimetrias sociais, os investigadores das universidades de Portsmouth (Reino Unido) e Viena (Áustria) apelam que a saúde deve ser uma prioridade antes da riqueza e confirmam que desde 2009 até 2015 são cada vez mais os jovens do sexo masculino que se suicidam nos países pobres da Europa (UE) na consequência das medidas de austeridade destinadas a combater a crise. O desemprego que afeta, as classes mais desfavorecidas, é segundo os autores deste estudo, uma das principais causas de suicídio entre os jovens. Este estudo foi pioneiro no género porque visou relacionar as variáveis - austeridade e taxas de suicídio.

Segundo o Observatório das Desigualdades, existiam em Portugal 1.967 milhão de pessoas (dados de 2010) em risco de pobreza.

Durante mais de uma década trabalhei em instituições de tratamento (regime residencial de internamento) para indivíduos adultos dependentes de drogas lícitas, incluindo o álcool, e ilícitas, e venho por este meio corroborar este estudo da Universidade de Cornell. Escutava com muita frequência, por parte de indivíduos oriundos de classes desfavorecidas, o stress que representava para eles ser rotulado como «pobre». Significava ser considerado um marginal (estigma), viver dependente de apoios sociais e não possuir as mesmas oportunidades, numa sociedade democrática, cujo sistema privilegia os indivíduos de classes sociais mais favorecidas. Para finalizar, os indivíduos referiam que o stress, era vivido antes mesmo de serem «apanhados» pela dependência de substâncias psicoativas do Sistema Nervoso Central.

 

Eu, eu e eu e depois tu.

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«As crianças que são expostas à violência, na família, o seu cérebro revela o mesmo tipo de atividade que os soldados em combate.» ThePsychmind.com

Muito se escreve e se fala em violência domestica entre adultos, mas não podemos esquecer as crianças, oriundas de famílias disfuncionais, também elas expostas à violência pelos pais. Em muitos casos, estas crianças são manipuladas pelos pais narcisistas. O mundo dos adultos não é seguro para algumas crianças vulneráveis.

Eis algumas características de pais narcisistas e os seus jogos psicológicos segundo o Dr Dan Neuharth.

  • Proíbem os filhos de discordar do pai/mãe.
  • Utilizam a culpa, a manipulação e a pressão afim de satisfazer, em primeiro lugar, as necessidades do pai/mãe.
  • Comportamento imprevisível do pai/mãe.
  • Arruínam momentos felizes por causa do comportamento egoísta do pai/mãe.
  • Dramatizam, «culpam tudo e todos» e destabilizam a harmonia familiar.
  • Adotam jogos psicológicos – vitima/mártir.
  • Dizem aos filhos que podem confiar no pai/mãe, mas depois desiludem, visto não serem capazes de manter o compromisso por muito tempo.
  • Necessidade de ser o centro das atenções ou dominar os temas das conversas.
  • Estes pais nunca estão satisfeitos com o comportamento dos filhos.
  • Minimizam ou ridicularizam os sentimentos das crianças. Por exemplo, a criança chora e o pai/mãe faz chacota da situação em publico.

Se você é filho de um pai ou mãe narcisista, certamente não será o único e podemos considerar que é um sobrevivente. Existem muitos pais resilientes, que procuram educar os seus filhos de forma diferente dos seus pais narcisistas. Você considera que é um desses pais?