Musica do Dia do Pai e do Dia da Mãe. Na escola do Filhote (4/5anos).
"Já pensei dar-te uma flor, com um bilhete, mas nem sei o que escrever. Sinto as pernas a tremer, quando sorris p`ra mim, quando deixo de te ver. Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu para mim. Fecha os olhos e adivinha, quanto é que eu gosto de ti.
Gosto de ti, desde aqui até à lua. Gosto de ti, desde a lua até aqui. Gosto de ti, simplesmente porque gosto. E é tão bom viver assim.
Ando a ver se me decido, como te vou dizer, como hei-de te contar. Até já fiz um avião, com um papel azul, mas voou da minha mão. Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu por mim. Fecha os olhos e adivinha, quanto é que gosto de ti.
Gosto de ti, desde aqui até à lua. Gosto de ti, desde a lua até aqui. Gosto de ti, simplesmente porque gosto. E é tão bom viver assim.
Quantas vezes eu parei à tua porta. Quantas vezes nem olhaste para mim. Quantas vezes eu pedi que adivinhasses. Quanto é que eu gosto de ti"
Após uma década a trabalhar, num contexto terapêutico designado de Regime Residencial de Internamento, integrado numa equipa de profissionais, de uma forma comprometida e "apaixonada" apoiámos pessoas dependentes de substâncias lícitas, incluindo o álcool e/ou ilícitas (Adicção) e as suas famílias a escolher novos Rumos de vida promotores de qualidade de vida.
Ao longo deste período extraordinário adquiri conhecimento cientifico e empírico (mentores) sobre a natureza da Adicção (neuro-bio.psico.social e ambiente) e realizei que existia uma lacuna quanto à Prevenção.
Mudança de Horizontes
Foi então em 2003 que comecei a investigar e a acompanhar pessoas e instituições. Se tinha trabalhado com indivíduos dependentes, onde alguns hoje são pessoas validas e integradas na sociedade, considerei prioritário (re)começar pela génese do problema. Um dos factores que influenciou esta escolha profissional coincidiu com o nascimento do meu filhote.
1. Quais os factores (comportamentos) de risco que estão associados ao consumo, ao abuso e à doença (Adicção)?
2. Quais os factores de protecção associados a uma vida com planos, objectivos, resiliência (cognitiva/ emocional) e realização espiritual, não religioso?
Uma das minhas constatações sobre a sociedade portuguesa é de que se falarmos em dependência, junto de pais, escolas e comunidade são todos peremptórios "Prevenção das dependências?!...Sem duvida é uma prioridade..." MAS, uma parte demite-se e negligência quando é convidado a assumir o compromisso em se envolver seriamente nesta matéria tabu, desconhecida e "obscura". Parece que se falarmos abertamente é como se de uma profecia se tratasse. Estamos a antecipar o problema "nas nossas mentes" e ficamos ansiosos.
Uma estratégia de prevenção baseada e incutida, nos jovens, com base no medo, não funciona.